Como seria a vida de um adolescente na busca de sonhos estapafúrdios?
Como seria a vida guiada por um desejo incalculável de abraçar o mundo, fazer tudo? Sendo que apenas tentar escrever, ou rabiscar, ou tropeçar nas sapatilhas brancas ou somente tentar ressuscitar as verdadeiras faces das personagens perdidas, não fosse suficiente.
Nisto se baseia este diário eletrônico, onde disperso ilações psicológicas, filosóficas e poéticas da minha vida em São Paulo.

terça-feira, 31 de maio de 2011

14 de março de 2010 A vida é uma Fábula


Hoje estive no teatro Imprensa para ver a peça Pinóquio da Cia Le Plat du Jour.

Ciente da versão clássica contada por Walt Disney, fui pego de surpresa com as personagens e histórias desenvolvidas na peça, primeiro ponto relevante do espetáculo foi seu roteiro adaptado, as responsáveis pelo mesmo e também pela direção,
Alexandra Golik e Carla Candiotto, basearam-se na verdadeira história de Pinóquio do italiano Collodi, isso com uma visão atual e singular das diretoras. Sem a influência da época em que a história foi escrita a cia transcendeu a linguagem cômica física, bonecos e teatro de sombra enriquecendo a adaptação. O lúdico, a linguagem de clown transformaram o texto em algo atemporal e conciliou o texto infantil e toda a ideia de moralidade, educação e dever, com a aceitação de todos os públicos, crianças, jovens e adultos.
O figurinista Chris Aizner conseguiu transmutar a ideia de fábula para algo palpável, seu figurino parecia encantado e ao mesmo tempo moderno como se pudesse deparar com qualquer um dos personagens a cinco quadras do teatro, realmente a aproximação do espectador com os personagens é fascinante. Os figurinos são bem desenvolvidos, mesmo com minúcias riquíssimas são de uma praticidade louvável, isso, pois estou tratando de aproximadamente trinta e cinco personagens e seis atores, ou seja, trocas rápidas e sem dificuldades. 
O cenário comportou muito bem o lúdico do espetáculo, além de conversar diretamente com as personagens funcionou como intermédio de ligação entre personagens e público. Inteligente e bem desenvolvido cenicamente, o cenógrafo Fábio Namatame permitiu-se criar como uma criança (o que é ainda mais difícil) e desenvolveu um cenário simples e FABULoso.  

O elenco é bom, deram vida a personagens caricatos e diversificados, desenvolveram bem as cenas coreografadas e foram agraciados por projetos de iluminação e som bem elaborados.
 Obrigado Dai por ter me levado ao teatro.
          Bem, até a próxima beijos e abraços!


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