Como seria a vida de um adolescente na busca de sonhos estapafúrdios?
Como seria a vida guiada por um desejo incalculável de abraçar o mundo, fazer tudo? Sendo que apenas tentar escrever, ou rabiscar, ou tropeçar nas sapatilhas brancas ou somente tentar ressuscitar as verdadeiras faces das personagens perdidas, não fosse suficiente.
Nisto se baseia este diário eletrônico, onde disperso ilações psicológicas, filosóficas e poéticas da minha vida em São Paulo.

terça-feira, 31 de maio de 2011

23 de fevereiro de 2010 Poema

O Último poema que escrevi em Araçatuba foi Sinfonia da Bailarina para Anna Claudia Pessoa. Sem nomeações ou declarações sentimentalistas, das quais gosto muito, mas ele diz por si só!


      Sinfonia da Bailarina
 Anna Claudia Pereira Pessoa


Um, dois, três...Os trapos de uma sapatilha nua,
Não importa o quanto doa,
Voa bailarina, voa!
Posso conduzi-la nessa sequência trivial de coisa alguma
E ainda perco,
Se algo impedir a cantoria de seu corpo.
É um som passageiro, que muda,
Depende da música ou de música nenhuma.

Corpo desfeito em minutos,
Ficou o resto no ar,
Um traço do que foi o mais lindo desenho,
Da personificação do sonho.
E a loucura?
A loucura desaparece,
Desaparece com a sanidade,
Faz dançar!
Já é tarde, perdeu seu corpo, Anna!
Deixou no espelho de uma sala escura.
Deixou na barra de uma rampa improvisada.
Deixou na rua enquanto piruletava.
Deixou a mercê da música.
Deixou nos olhos, de um bailarino de pernas tortas qualquer!
Como dançar?
Ainda no descobri Anna.
Pode me ajudar?
Mais uma vez...
Um, dois, três...

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