Como seria a vida de um adolescente na busca de sonhos estapafúrdios?
Como seria a vida guiada por um desejo incalculável de abraçar o mundo, fazer tudo? Sendo que apenas tentar escrever, ou rabiscar, ou tropeçar nas sapatilhas brancas ou somente tentar ressuscitar as verdadeiras faces das personagens perdidas, não fosse suficiente.
Nisto se baseia este diário eletrônico, onde disperso ilações psicológicas, filosóficas e poéticas da minha vida em São Paulo.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

20 de maio de 2010 Aplausos


 Hoje indo para o trabalho, encontrei um cidadão na rua Augusta que caminhou até o metrô Anhangabaú com suas mãos estendidas ao céu, aplaudindo com força e convicção, incessantemente, atravessou ruas, parou carros, mas não deixou de aplaudir em momento algum.

Usava roupas rotas, uma camiseta branca e um calça de moletom cinza, aparentava lá seus trinta e cinco anos de idade, moreno, alto e bem forte.
Vendo-o lembrei de uma citação que li certa vez: Para os Gregos o aplauso é a forma que nós, meros mortais, encontramos para chamar a atenção dos deuses para algo sublime e divino que acontece na Terra.
Concordo e me pergunto o que aquele homem aplaudia com tanto fervor. 


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