Como seria a vida de um adolescente na busca de sonhos estapafúrdios?
Como seria a vida guiada por um desejo incalculável de abraçar o mundo, fazer tudo? Sendo que apenas tentar escrever, ou rabiscar, ou tropeçar nas sapatilhas brancas ou somente tentar ressuscitar as verdadeiras faces das personagens perdidas, não fosse suficiente.
Nisto se baseia este diário eletrônico, onde disperso ilações psicológicas, filosóficas e poéticas da minha vida em São Paulo.

sábado, 4 de junho de 2011

23 de maio de 2010 Domingo pela manhã

Tenho sido fraco.
Tenho desanimado.
As coisas parecem mais difíceis.
Sinto falta, sinto desespero, sinto medo e uma responsabilidade demasiada.

E o que piora a situação é não ter um palco, falta música, faltam textos, falta poesia, falta tinta, faltam projetos, faltam aplausos para alimentar meus devaneios. É ainda mais difícil sonhar sozinho. Londres parece mais distante, o cinema desacreditado e os palcos uma irrealidade, todos imersos pela frustração e pela insuficiência.  
Não tenho feito meu tempo em São Paulo, perdi, acho que desviei o                                                      foco ou simplesmente a sobrevivência o apagou, não tenho vivido, tenho sobrevivido em São Paulo, isso me entristece.
Esse desespero soprou mais forte na minha janela hoje, talvez seja o frio ou as nuvens cinza no céu, entretanto alguma coisa me chamou para a TV e eis que Billy Elliot surge na tela, como magia ou simples acaso, Enfim, não acreditei, peguei o finalzinho, mas me pareceu o suficiente para tentar sobreviver a mais uma semana em São Paulo.
" No começo é difícil, mas depois eu esqueço e desapareço, é como a eletricidade, fogo dentro de mim"
Billy Elliot  

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